Julian Lemos abandona reunião do PSL em Brasília: "não acrescenta nada"
Não há segredo sobre
a difícil situação do Partido Social Liberal – PSL – em todo o país. É
claramente um partido que não estava preparado para ser grande, mas foi de 1
deputado federal na eleição de 2014 para 55 no último pleito, além de 4
senadores e o presidente da República.
As decisões no
partido são tomadas “à la Bivar” há
20 anos. Aliás, o presidente da legenda, deputado Luciano Caldas Bivar, desde que
fundou o PSL em 1998 só esteve fora da presidência durante o período da
campanha que elegeria Jair Bolsonaro presidente da República, por imposição de próprio
Bolsonaro que temia um possível boicote a sua candidatura. Passada a eleição
Bivar retornou ao seu “trono” presidencial.
O que mudou foi a
chegada dos novos eleitos advindos do clamor da nação por mudança, impondo
desafios não vividos à Bivar, como o desta terça feira (26), quando o partido decidiu
deliberar sobre a Nova Previdência e o fez sem a presença de Bivar, do Delegado
Waldir, líder da legenda, e de Joice Hasselmann, líder do Governo na Congresso.
Aliás, mais 25 deputados não atenderam à convocação do líder do Governo na
Câmara, Major Vítor Hugo.
Alguns dos 30
presentes aproveitaram o ensejo para “lavar a roupa suja” e tentar redirecionar
a legenda. Um deles afirmou que a reunião, que de fato deliberou sobre a
Previdência, também foi útil à exposição das “insatisfações” e ao debate sobre as
“vaidades”. Nessa altura Julian Lemos abandonou a reunião. “Não acrescenta nada”,
teria dito o paraibano sobre o assunto que se estabeleceu.
Como a maioria da
bancada estava presente o apoio do Partido à reforma da Previdência foi
confirmado e publicado, mas a “chaga” da desorganização interna ficou ainda
mais evidenciada.
O que solucionaria a
problemática? Uma evacuação em massa? Fontes do Planalto ligados a família
Bolsonaro dizem que não acontecerá. Outro que confirma isso é deputado Moacir
Rodrigues: “o partido é o PSL. Vamos ficar no PSL”. E Bolsonaro não poderia
assumir “as rédeas”? Sim, mas ele tem deixado claro que não haverá ingerência sua
no Partido ou no Congresso.
Vários dirigentes do
PSL veem a Resolução nº 23.571/2018 do Tribunal Superior Eleitoral – TSE, como a
solução mais viável. Todas as siglas terão que extinguir seus diretórios
provisórios e estabelecerem os definitivos até 29 de junho de 2019 com o devido
processo democrático. A resultante pode ser o realçamento de novos líderes,
talvez até na nacional.
Há muita esperança
depositada na legenda através de Bolsonaro. Muitos pleitos municipais dependem
da urgente reestruturação.
Da Redação
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