Policia do Paraguai mata líder do PCC
Um dos integrantes da cúpula do Primeiro
Comando da Capital (PCC) no Paraguai,
o brasileiro Reinaldo de Araújo foi morto a tiros num confronto com policiais
do país vizinho, na madrugada desta terça-feira, 5, em Villa Ygatim,
departamento de Canindeyú, na fronteira com o Brasil. Segundo o ministro do
Interior do Paraguai, Juan Ernesto Villamayor, ele estava na companhia de
Thiago Ximenes, o 'Matrix', principal liderança da facção paulista no Paraguai.
'Matrix' escapou do cerco, mas
continuava sob perseguição dos agentes das Fuerzas de Operaciones Policiales
Especiales (Fope).
Os dois haviam fugido juntos do
quartel do Grupamento Especializado da Polícia Nacional, em Assunção, em
dezembro de 2018. “A polícia fez um ótimo trabalho de rastreamento e busca.
Eles chegaram próximo deles esta manhã e invadiram o local. Houve um confronto
armado, onde um deles (Araújo) foi morto e o outro está sendo procurado nos
morros”, disse.
No início da tarde, o ministro
aguardava mais informações sobre a operação. O local fica a 50 km da cidade
brasileira de Paranhos, no outro lado da fronteira. Nessa região, os pontos de
passagem pela fronteira são monitorados por câmeras pela polícia de Mato Grosso
do Sul.
Desde a fuga da prisão, 'Matrix'
e Araújo passaram a encabeçar a lista de criminosos procurados pela polícia
paraguaia. Araújo foi condenado a 25 anos de reclusão pelo assassinato de sua
companheira quando era peão de uma fazenda. Na prisão paraguaia, ele se
envolveu com o PCC e esfaqueou um policial durante uma revista à cela. Ele
teria ajudado 'Matrix' a planejar a fuga de ambos.
Na época, os dois presos teriam
saído da prisão, considerada uma das mais seguras do Paraguai, pela porta da
frente, o que levou o vice-ministro de Segurança, Hugo Sosa, a colocar a
penitenciária sob intervenção e deter integrantes do comando. Após as
investigações, o Ministério Público apontou os agentes policiais Milciades
Nazario Ramirez Aguilar, Marcos Antonio Giménez e a advogada Lilian Rocío
Calonga Ovelar como responsáveis pela fuga dos criminosos, o que foi negado por
eles durante o inquérito.
Thiago Ximenez foi preso em 2014,
em Ciudad del Este, pela participação em assalto a um carro-forte. Condenado a
20 anos de prisão em território paraguaio, ele já havia fugido de outro
presídio daquele país com outros 12 criminosos.
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