Temer é o 6º ex-presidente preso pelas delações da Lava Jato
A prisão do
ex-presidente da República, Michel Temer (MDB), surpreendeu o país mesmo sendo
esperada por quem acompanha os bastidores da política.
Temer entra para a
lista dos ex-presidentes que foram presos na América do Sul em virtude das
investigações da Operação Lava Jato. Ele é o sexto.
Além dele, foram atingidos
pela Lava Jato: Ollanta Humala e Alejandro Toledo, ambos do Peru; Ricardo
Martinelli, do Panamá; Maurício Funes, de El Salvador; e Luiz Inácio Lula da
Silva.
Ollanta Humala foi o
primeiro a ser preso a partir dos desdobramentos das delações da Odebrecht. Ele
teria recebido algo próximo de 12 milhões de reais não declarados na campanha
eleitoral de 2006 no Perú.
A construtora
confessou o pagamento do equivalente a 110 milhões de reais em propina no país
entre 2005 e 2014.
Alejandro Toledo
antecedeu Humala no governo do Perú. Ele é acusado do recebimento de quase 80
milhões de reais para garantir que a Odebrecht construísse uma estrada ligando
o Brasil ao Perú. Chegou a fugir para os Estados Unidos, mas foi preso na última
segunda-feira (18).
Ainda em 2017
Ricardo Martinelli foi preso em Miami (EUA) e deportado para a penitenciária El
Renacer, no Panamá. Estima-se que ele teria superfaturado em contratos para a
compra de alimentos desidratados e contratos com a Odebrecht em, mais ou menos,
160 milhões de reais.
Maurício Funes foi
preso ano passado com mais 30 aliados, inclusive dois filhos. Sua prisão é
fruto da delação do marqueteiro João Santana, que disse ter recebido da
Odebrecht para fazer a campanha de Funes.
Curiosamente, a
esposa de Funes, Vanda Pignato, brasileira e, acreditem, filiada ao Partido dos
Trabalhadores – PT, também foi presa em El Salvador sob as mesmas acusações do
marido.
João Santana entrou
na campanha de Funes a pedido de ninguém menos que Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula está preso em Curitiba-PR
há quase 1 ano. Já teve duas condenações que somam 24 anos e 7 meses de prisão.
O Ministério Público Federal acusa-o de corrupção passiva e lavagem de
dinheiro.
Ontem (21), Michel
Temer, que deixou a presidência há menos de 3 meses, foi preso por ter uma de
suas empresas (em nome de um laranja) no quadro societário da AF Consult do
Brasil, que firmou um contrato de 162 milhões com a Eletronuclear para a
construção da usina Angra 3.
A prisão de Temer é
preventiva.
Da Redação com MBL News
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