CALVÁRIO: Criminosos tentam blindar a prefeita de Conde para manter comparsas na prefeitura e garantir contratos com as empresas investigadas, denuncia Gaego
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Márcia Lucena, prefeita dE Conde-PB pelo PSB (Foto: divulgação/montagem) |
Por Eudes Santiago
O Ministério Público da Paraíba – MPE, quer que a prefeita de Conde,
Márcia Lucena (PSB), volte para a cadeia imediatamente e tenha seus bens
bloqueados, inclusive ao que estão em nome de terceiros, e também bens doados
após as práticas dos crimes.
O Ministério Público, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e
a Controladoria-Geral da União - CGU, tentam desmantelar a atuação de uma
Organização Criminosa que se incrustou na administração do Estado da Paraíba,
instalando uma estrutura de corrupção sistêmica estendida à Prefeitura de Conde,
sob a gestão de Márcia, que se alimenta de crimes de diversas ordens,
especialmente o desvio de recursos públicos como fonte de enriquecimento
ilícito de diversos agentes (públicos e privados).
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Através de interceptações telefônicas o MPE mostrou que a Organização
Criminosa - Orcrim - usa o poder paralelo para blindar Márcia Lucena, única
denunciada que ainda sustenta o poder executivo através da Prefeitura de Conde,
com “poder de caneta” com um orçamento municipal previsto para 2020 de quase
100 milhões de reais.
Diz o MPE que a denunciada Márcia Lucena se vale desse poder paralelo
da Orcrim para se blindar dos órgãos de investigação criminal e que o para isso
conta com o auxílio e proteção de Ricardo Coutinho.
Segundo a força-tarefa, Ricardo Coutinho apadrinhou Márcia para que com
sua eleição fosse instalado na prefeitura de Conde um “Plano Alternativo” para
dar suporte às atividades da Orcrim através da contratação de várias empresas
denunciadas como participantes do “Núcleo Empresarial” da Organização Criminosa,
como a Brink Mobil, a Liga pela Paz, a Cruz Vermelha, o IBHRADES, a LimpMax,
GRAFSET e a Lifesa.
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Para os investigadores da Operação Calvário, o uso do poder paralelo da
Orcrim para proteger Márcia Lucena, além da contratação de várias empresas
envolvidas no esquema, reside no fato também de que a Orcrim hoje possui vários
comparsas dentro da administração do município de Conde.
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Trecho de documento que foi assinado por 8 promotores e 2 procuradores |
“Nós estamos preparando ‘chumbo grosso’”, ameaçou Ricardo Coutinho em
conversa interceptada pelo Gaeco.
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